quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Como o inferno realmente é...

Bem vindo ao inferno meu amigo. Não, também não é o que eu esperava quando cheguei aqui pela primeira vez. Acho que ninguém esperava isso.

O inferno é um trabalho de escritório.

O inferno não parece ser tão ruim, não é? Praticamente o paraíso comparado ao que nos é dito enquanto estávamos vivo, sem aqueles lagos de lavas, chamas e tudo mais. Quero dizer, com certeza não é um daqueles escritórios do centro de São Paulo com horário de pausa, massagem uma vez por dia nem água filtrada. Não temos ao menos um cubículo onde poderíamos ter um pouco de privacidade enquanto trabalhamos.

Nada disso, é apenas um escritório com piso plano que parece ser infinito. Nada além de mesa de trabalho e filas e filas de mesa de metal cinza sob uma iluminação fluorescente doentia. Essas pessoas sentadas nas mesas são seus novos colegas de trabalho e sim também são pecadores que foram condenados ao inferno. Você vai ouvir uma tosse ocasional ou alguma fungada, mas na maior parte, tudo é muito tranquilo.

Por quê?

Porque nos estamos pensando em coisas, é por isso. Estamos pensando muito, muito bem no que vamos escrever no pedaço de papel branco em nossas mesas.

Você também tem um.

É uma folha de sulfite com uma linha vermelha na parte superior e dez linhas azuis embaixo. Não computadores sofisticados para trabalhar aqui, apenas uma folha de papel.

Mas é uma folha de papel muito importante. Você ganha uma nova a cada dia, e se você escreve algo nela, então é só esperar para começarmos a noite.

O que há de tão importante que acontece a noite?

Bem, um dia no inferno pode ser como trabalhar em um escritório, mas a noite, as coisas são completamente diferente. A noite você pode acabar como uma formiga torturada por uma criança, ou dançar descalço sobre o vidro. Nós já tivemos nossos olhos arrancados, nossas linguas cortadas com facas de cozinha e nossos intestinos sendo arrancados e desenrolado através de nossas bocas. E essas foram as noites fáceis. Normalmente é muito pior.

É por isso que as folhas de papel são tão importantes.

Você achou que o Diabo ou demônios seriam criativos com suas punições? Tente dizer a um bando de seres humanos condenados que um deles vai ter uma noite de folga, livre de punições, se eles escreverem no papel a tortura mais inventiva do dia. Nem os demônios podem competir com nossa criatividade.

Mas calma, não desista ainda. Nós temos que deixar nossa ideia do dia na caixa de sugestões antes do prazo das 05:00. Eu lhe desejo boa sorte, mas isso significaria má sorte para mim, não é?

Oh, espere, eu vejo aquele olhar em seus olhos. Você está pensando sobre a possibilidade de todos se unirem e escreverem torturas fáceis como uma noite de cócegas nos pés, certo?

Bem, esqueça. Não importa o que você faça, sempre haverá aquele cara, você sabe? Geralmente mais de um, mas sempre haverá pelo menos um idiota estúpido, egoísta ou simplesmente doentio que estraga as coisas para todo mundo. Se você não acredita em mim, você não conhece a raça humana muito bem.

Ou você nunca trabalhou em um escritório.

Mas eu não me preocuparia com isso. Depois desta noite, eu tenho certeza que você vai se encaixar bem.

É aqui que passaremos a eternidade.

Tradução & Adaptação: @Sigmaterror

terça-feira, 21 de julho de 2015

Explicações

Olá Paranormais,

Gostaria de pedir desculpa pela demora em responder aos comentários e aos emails que tenho recebido...
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domingo, 19 de julho de 2015

Uma Morte

Jim Trusdale tinha uma cabana no lado oeste do rancho abandonado de seu pai, e era lá que estava quando o xerife Barclay e meia dúzia de delegados da cidade o encontraram, sentado em uma cadeira próximo ao fogão apagado, usando um casaco sujo de estopa e lendo um exemplar antigo de Black Hills Pioneer* com a luz da lanterna. Ao menos, olhando para ele. Xerife Barclay parou na soleira, quase a preenchendo por completo. Ele estava em posse de sua própria lanterna. “Venha para fora, Jim, e venha com as mãos para o alto. Eu não tenho que sacar minha pistola e eu não quero ter que fazer isso.”

Trusdale saiu. Ele ainda mantinha a revista em uma de suas mãos erguidas. Parou do lado de fora, olhando para o xerife com seus monótonos olhos cinzentos. O xerife olhou de volta. Assim como os outros, quatro a cavalo e dois no acento de uma velha carroça com os dizeres “Necrotério Hines” estampados ao lado em letras amarelas e desbotadas. “Eu notei que você não perguntou por que estamos aqui” Xerife Barclay disse.

“Por que você está aqui, Xerife?”

“Onde está o seu chapéu, Jim?”

Trusdale colocou a mão que não estava segurando a revista em sua cabeça como se para sentir o chapéu, que era um marrom-camponês e não estava lá.

“Em sua casa, não é?” perguntou o Xerife. Uma brisa fria ventou, soprando as crinas dos cavalos e achatando a grama numa onda que apontava para o sul.

“Não,” Trusdale respondeu. “Não acredito que esteja.”

“Onde então?”

“Eu devo ter perdido”

“Preciso que entre no vagão dos fundos” o xerife disse.

“Eu não quero andar em uma carroça funerária,” Trusdale disse. “traz má sorte”

“Você consegue má sorte em qualquer lugar,” um dos homens disse. “Ela tem as suas cores. Entre.”

Trusdale foi para a traseira da carroça e subiu. A brisa soprou mais uma vez, com mais força, e ele levantou a gola de seu casaco.

Os dois homens nos assentos da carroça desceram e pararam um em cada lado dela. Um sacou sua arma, o outro não. Trusdale reconhecia seus rostos, mas não seus nomes. Eram homens da cidade. O xerife e os outros quatro entraram em sua cabana. Um deles era Hines o agente funerário. Eles ficaram lá por alguns momentos. Eles até abriram o fogão e fuçaram as cinzas. Até que saíram.

“Nada do chapéu,” Xerife Barclay disse. “E nós o teríamos visto. É um chapéu grandão. Tem algum coisa a dizer a respeito?”

“É uma pena que eu o tenha perdido. Meu pai me deu quando ainda batia bem da cabeça.”

“Onde está, então?”

“Eu te disse, eu devo ter perdido. Ou foi roubado. Pode ter sido isso, também. Diga, eu planejava ir para a cama em breve.”

“Então se preocupe em ir dormir. Você estava na cidade esta tarde, não estava?”

“Claro que estava,” um dos homens disse, montando novamente. “Eu mesmo o vi. Usando o chapéu, inclusive.”

“Cala a boca, Dave,” Disse Xerife Barclay. “Você estava na cidade, Jim?”

“Sim senhor, eu estava” Trusdale respondeu.

“No Chuck-a-luck?” (comumente conhecido como um jogo de azar jogado com 3 dados mais em ranchos do que em casinos, famoso nos anos 20 N.T)

“Sim senhor, eu estava, eu fui andando e bebi duas doses, e então eu caminhei de volta. Eu acho que foi no Chuck-a-luck onde eu perdi meu chapéu.”

“Essa é a sua versão?”

Trusdale olhou para o céu escuro de novembro. “É a única versão que tenho.”

“Olhe para mim, filho.”

Trusdale olhou para ele.

“Essa é a sua história?”

“Te disse, é a única que tenho,” Trusdale disse, olhando para ele.

Xerife Barclay suspirou. “Tudo bem, vamos para a cidade.”

“Por que?”

“Porque você está preso.”

“Não tem um cérebro na porra dessa cabeça,” um dos homens comentou. “Faz com que o ‘papai’ dele parecesse inteligente.”

Eles foram para a cidade. Dava pouco mais de 6 quilometros. Trusdale montou na traseira da carroça funerária, tremendo de frio. Sem virar a cabeça, o homem que segurava as rédeas disse, “Você a estuprou e também roubou sua grana, seu lixo?”

“Eu não sei do que você está falando, “disse Trusdale.

O resto da viagem continuou em silêncio exceto pelo vento. Na cidade, pessoas faziam fila pela rua. De início estavam quietas. Então uma mulher de idade avançada usando um chalé marrom correu até a corte funeral num estranho coxear e cuspiu em Trusdale. Ela errou, mas respingaram aplausos.

Na cadeia, Xerife Barclay ajudou Trusdale a descer do vagão. O vento estava vigoroso, e com cheiro de neve. Pelotas de vegetação eram assopradas diretamente para baixo na avenida principal em direção à torre de água da cidade, numa cerca de pau-a-pique e paravam por lá.

“Enforque esse assassino de bebês!” um homem gritou, e alguém jogou uma pedra. Ela passou a um fio da cabeça de Trusdale e bateu na borda da calçada.

Xerife Barclay se virou levantando sua lanterna e examinou a multidão que havia se reunido na frente do mercantil. “Não façam isso,” ele disse. “Não ajam como tolos. Ele está detido.

O xerife levou Trusdale através de sua sala, segurando-o pelo ombro, até a cadeia. Lá haviam duas celas. Barclay guiou Trusdale até a da esquerda. A cela tinha uma beliche, um banquinho e um penico. Trusdale ameaçou se sentar no banco, e Barclay disse, “Não. Fique parado ai.”

O xerife olhou ao redor e viu os homens de posse se amontoando na entrada. “Vocês todos, caiam fora daqui,” ele disse.

“Otis,” o homem chamado Dave disse, “e se ele te atacar?” 

“Então eu o dominarei. Eu agradeço por estarem fazendo sua obrigação, mas agora vocês precisam dar o fora.

Quando eles se foram, Barclay disse, “Tire o casaco e entregue-o para mim.”

Trusdale tirou seu casaco e começou a tremer. Por baixo ele não estava usando nada além de uma camisa calças de veludo tão surradas que quase estavam se desfazendo e um joelho estava rasgado. Xerife Barclay verificou através dos bolsos do casaco e achou um fumo de corda torcida em uma página de um catálogo R.W.SearsWatchCompany, e um bilhete velho de loteria prometendo o pagamento em pesos.

Também havia uma bolinha de gude preta, como mármore. (parecido com um catálogo de revenda de cosméticos, mas para relógios e joias, comum nos anos de 1890, nos Estados Unidos. N.T), “Essa é minha bolinha da sorte,” Trusdale disse. “Eu a tenho desde que era um garoto.”

“Esvazie os bolsos da calça.”

Trusdale os esvaziou. Ele tinha um penny e três nickel, e um folheto de noticias grampeadas sobre a corrida da prata em nevada que pareciam tão velhos quanto o bilhete de loteria mexicana.

“Tire suas botas.”

Trusdale as tirou. Barclay sentiu o conteúdo. Lá havia um buraco do tamanho de uma moeda.

“Agora as suas meias.”

Barclay as virou do avesso e as jogou de lado.

“Tire suas calças.”

“Eu não quero.”

“Não mais do que eu quero ver o que tem ai, mas tire-as mesmo assim.

Trusdale tirou suas calças. Ele não estava usando roupas de baixo.

“Vire-se e afaste as duas irmãs.”

Trusdale virou-se, segurou em suas nádegas, e as separou. Xerife Barclay fez uma careta, suspirou e enfiou um dedo no ânus de Trusdale. Trusdale ganiu. Barclay retirou o dedo, estremecendo novamente com o estalo suave, e limpou o dedo na camisa de Trusdale.

“Onde está, Jim?”

“Meu chapéu?”

“Você acha que eu fucei o seu rabo procurando pelo seu chapéu? Ou nas cinzas do seu fogão? Você está tentando ser esperto?”

Trusdale levantou suas calças e as abotoou. Então ele ficou tremendo e descalço. Uma hora antes ele estava em sua casa, lendo sua revista e pensando em olhar o fogo no fogão, mas isto pareceu ser a tempos atrás.

“Eu estou com seu chapéu em meu escritório.” 

“Então por que você perguntou sobre ele?”

“Para ver o que você diria. O chapéu se encaixa. O que eu realmente quero saber é onde você colocou o dólar de prata da menina. Não está em sua casa, nos seus bolsos ou no seu traseiro. Você se sentiu culpado e o jogou fora?

“Eu não sei sobre nenhum dólar de prata. Posso ter meu chapéu de volta?”

“Não. É uma evidência. Jim Trusdale, estou te prendendo pelo assassinato de Rebecca Cline. Você tem algo que queira dizer a respeito?”

“Sim, senhor. Que eu não conheço nenhuma Rebecca Cline.”

O Xerife deixou a cela, fechou a porta, pegou a chave da porta, e a trancou. A fechadura gemeu quando ele o fez. A cela normalmente alojava bêbados e raramente era trancada. Ele olhou para Trusdale e disse, “Eu sinto muito por você, Jim. O inferno não é quente o bastante para alguém que faça tal coisa.

“Que coisa?”

O xerife virou-se pesadamente sem dar nenhuma resposta.

Trusdale permaneceu na cela, comendo o rango da Best’sMother, dormindo no beliche, cagando e mijando no balde, que era esvaziado a cada dois dias. Seu pai não veio vê-lo, pois seu pai havia se tornado um tolo em seus oitenta anos, e era cuidado por dois nativo-americanos, um Sioux e um Cheyenne. As vezes eles ficavam no barracão abandonado cantando hinos de harmonia. Seu irmão estava em Nevada, na corrida da prata.

De tempos em tempos crianças vinha e paravam no beco do lado de fora da cela, cantando, “Enforcado, Enforcado, deixe-o cair.” As vezes homens paravam por lá e ameaçavam cortar suas partes íntimas.

Uma vez, a mãe de Rebecca Cline veio e disse que iria enforca-lo ela mesma, se a dessem permissão. “Como você pode matar o meu bebe?” ela perguntou através das barras da janela. “Ela tinha apenas dez anos, e era seu aniversário.”

“Senhora,” Trusdale disse, subindo no beliche para que pudesse olhar em seu rosto virado para cima. “Eu não matei o seu bebe, nem o de ninguém.

“Preto mentiroso,” ela disse, e foi-se embora.

Quase todos na cidade presenciaram o funeral da criança. Os nativo-americanos vieram. Mesmo as duas putas que faziam seu negócio na Chuck-a-Luck vieram. Trusdale ouviu os cantos de sua cela, enquanto se agachava sobre o seu balde no canto.

Xerife Barclay telegrafou Fort Pierre, e depois de uma semana o juiz das redondezas veio. Ele foi nomeado recentemente e jovem para o trabalho, um dândi com cabelos loiros pelas costas como o ‘Wild Bill Hickok*’. Seu nome era Roger Mizel. Ele usava pequenos óculos redondos, e tanto o Chuck-a-Luck quanto o Mother’s Best o comprovou como um homem com um olho para as jovens senhoras, embora ele usasse uma aliança de casamento

Não havia nenhum advogado na cidade para servir na defesa de Trusdale, então Mizze chamou George Andrews, dono do mercantil, da hospedaria, e da GoodRest Hotel. Andrews tinha estudado por dois anos de educação superior em uma escola de negócios no oeste. Ele disse que serviria como Advogado de Trusdale somente se o Sr. e a Srª. Cline concordassem.

“Então vá vê-los,” Mizell disse. Ele estava na barbearia, inclinado na cadeira sendo barbeado. “Não deixe a grama crescer sob os seus pés.”

“Bem,” Sr. Cline disse, depois que Andrew declarou a questão, “Eu tenho uma pergunta. Se ele não tiver alguém para defende-lo, eles ainda podem o enforcar?”

“Isso não seria a justiça Americana,” Andrews disse. “E embora nos não sermos parte dos Estados Unidos por enquanto, seremos em breve.”

“Ele pode se esquivar disso?” Srªa Cline perguntou.

“Não senhora,” Disse Andrews. “Eu não vejo como.”

“Então cumpra o seu dever e que Deus o abençoe,” Srª Cline finalizou.

O julgamento durou por uma manhã de novembro e metade do entardecer. Foi realizado no salão municipal, e naquele dia haviam flocos de neve tão finos como os laços do matrimônio. Nuvens cinza-ardósia sobrevoando a cidade ameaçavam uma grande tempestade. Roger Mizell, que estava propriamente familiarizado com o caso, serviu tanto como promotor público como juiz.

“Como um banqueiro pegar um empréstimo de si mesmo e se pagar com juros,” um dos jurados foi ouvido dizendo durante o almoço no Mother’s Best, e embora ninguém discordasse com isso, ninguém sugeriu que fosse uma má ideia. Era uma economia, afinal das contas.

O promotor Mizell chamou meia dúzia de testemunhas, e o Juiz Mizell não se opôs nenhuma vez à sua linha de questionamento. Sr. Cline testemunhou primeiro, e Xerife Barclay veio por último. A história emergiu como se fosse uma. Ao meio do dia do assassinato de Rebecca Cline, houve uma festa de aniversário, com bolo e sorvete. Muitos dos amigos de Rebecca foram. Lá pelas duas da tarde, enquanto as garotinhas jogavam ‘Pin theTailontheDonkey*’ e a dança das cadeiras, Jim Trusdale chegou no Chuck-a-Luck e pediu um shot de whiskey. Ele estava usando o chapéu de camponês. Ele fez o trago durar, e quando se acabou, ele pediu por outro. (visto em filmes americanos, onde uma pessoa com uma venda tenta espetar uma cauda num burro.N.T)

Em algum momento ele tirou o chapéu? Talvez pendurando-o em algum gancho ao lado da porta? Ninguém conseguia se lembrar.

“Somente que eu nunca o vi sem o chapéu, “Dale Gerard, o Barman, disse. “ele era incompleto sem o chapéu. Se ele o tirou, ele provavelmente o deixou ao seu lado no bar. Bebeu seu segundo trago, e então seguiu seu caminho.”

“O chapéu estava no bar quando ele saiu?” Mizell perguntou.

“Não, senhor.”

“Estava em algum gancho quando você fechou a loja pela noite?”

“Não, senhor.”

Lá pelas três da tarde daquele dia, Rebecca Cline deixou sua casa na extremidade sul da cidade para visitar a farmacêutica na rua principal. Sua mãe havia falado que ela poderia comprar alguns doces com seu dólar de aniversário, mas não os comer, porque ela tinha tido doces o bastante por um dia. Quando bateu as cinco horas e ela não havia retornado para casa, Sr. Cline e algum dos outros homens começaram uma busca por ela. Eles a acharam no beco no Barker, entre o depósito e o Good Rest. Ela foi estrangulada. Seu dólar de prata se fora. Foi só quando seu pai em luto a tomou em seus braços é que os homens viram o chapéu de couro e abas largas de Trusdale. Estava escondido sob o vestido de festa da menina.

Durante a hora de almoço do júri, marteladas foram ouvidas atrás do depósito a não mais de noventa passos da cena do crime. Isso foi a forca sendo montada. O trabalho foi supervisionado pelo melhor carpinteiro da cidade, cujo nome, apropriadamente, era Sr. John Casa. Uma grande nevasca estava chegando, e a estrada para Fort Pierre estaria intransponível, talvez por uma semana, talvez por todo o inverno. Não haviam planos para prender Trusdale no calabouço local até a primavera. Não houve economia nisso.

“Nada demais construir uma forca,” Sr. Casa disse para aqueles que vieram para assistir. “Uma criança poderia construir uma dessas.”

Ele contou como o feixe operado por uma alavanca iria acionar o alçapão, e como isso garantiria que não houvesse nenhum problema de ultima hora. “Se você quer fazer algo como um enforcamento, você precisa fazer funcionar de primeira,” Sr. Casa disse.

Nessa tarde George Andrews colocou Trusdale em pé. Isso ocasionou assobios dos espectadores, que o Juiz Mizell silenciou com seu martelinho, prometendo expulsar todos da corte se as pessoas não se comportassem.

“Você entrou no salão do Chuck-a-Luck no dia em questão?” Andrews perguntou quando a ordem foi restaurada.

“Acho que sim,” Trusdale disse. “De outra maneira eu não estaria aqui.”

Houveram algumas risadas sobre isso, que Mizell também desceu seu martelo, embora ele mesmo estivesse sorrindo, e não emitiu uma segunda admoestação.

“Você pediu duas doses?”

“Sim, senhor, eu pedi. Duas eram tudo para o que eu tinha dinheiro.”

“Mas você conseguiu outro dólar bem rápido, não conseguiu, seu lixo!” Abel Hines gritou.

Mizell apontou sua gabela primeiro para Hines, então para o Xerife Barclay, sentado na primeira fila. “Xerife, escolte o homem para fora e o acuse de conduta desordeira, por favor.

Barclay escoltou Hine para fora, mas não o fichou com conduta desordeira. Invés disso, ele perguntou o que deu nele.

“Me desculpa, Otis,” Hines disse. “ foi o ver sentado lá com sua face nua para fora.

“Vá até a rua de baixo e veja se John Casa necessita de alguma ajuda em seu trabalho,” Barclay disse. “Não volte até que essa bagunça termine.”

“Ele tem toda a ajuda que precisa, e está nevando forte agora.”

“Você não vai derreter. Agora vá.”

Enquanto isso, Trusdale, continuou testemunhando. Não, ele não deixou o Chuck-a-luck usando seu chapéu, mas não percebeu até que chegou em sua casa. Mas então, ele disse, ele estava tão cansado para andar todo o caminho de volta para a cidade para o procurar. Além disso, estava escuro.

Mizell o interrompeu. “Você está pedindo para essa corte acreditar que você andou mais de seis quilômetros sem perceber que estava usando o maldito chapéu?”

“Eu acho que desde que eu o uso o tempo todo, eu apenas imaginei que devia estar lá,” Trusdale disse. Isso desencadeou outra rajada de risos.

Barclay voltou e se sentou próximo a Dave Fisher. “Do que você está rindo?”.

“O idiota não precisa de um carrasco,” Fisher disse. “Ele está atando todos os nós sozinho. Isso não deveria ser engraçado, mas é bem cômico, mesmo assim.

“Você encontrou Rebecca Cline no beco?” George Andrews perguntou em alta voz. Com todos os olhos nele, descobriu um talento até então escondido para o drama. “Você a encontrou e roubou seu dólar de aniversário?”

“Não, senhor,” Trusdaledisse.

“Você a matou”

“Não senhor. Eu nem sabia quem ela era.”

Sr. Cline levantou-se de seu assento e gritou: Você fez isso, você está mentindo seu filho da puta!”

“Eu não estou mentindo,” Trusdale disse, e foi ai quando o xerife Barclay acreditou nele.

“Sem mais perguntas,” Andrews disse, e andou de volta para o seu assento.

Trusdale começou a se levantar, mas Mizell o mandou sentar e responder mais algumas perguntas.

Você continua a afirmar, Sr. Trusdale, que alguém roubou seu chapéu enquanto você estava bebendo no Chuck-a-Luck, e esse alguém o colocou, foi para o beco, e matou Rebecca Cline, e deixou o chapéu para o incriminar?”

Trusdale ficou em silêncio.

“Responda a pergunta, Sr. Trusdale.”

“Senhor, eu não sei o que ‘incriminar’ significa.”

“Você espera que nós acreditemos que alguém quis o colocar na cena de um crime hediondo?”

Trusdale considerou, torcendo suas mãos juntas. Por final ele disse: “Talvez alguém tenha pego por engano e jogou por ai.”

Mizell para os espectadores extasiados. “Alguém aqui pegou o chapéu do Sr. Trusdale por engano?”



Houve silêncio, exceto pela neve batendo nas janelas. A primeira grande tempestade do inverno havia chegado. Esse foi chamado pelo povo da cidade de “Inverno dos Lobos”, pois lobos vieram das Montanhas Negras para procurar comida nos lixos.

“Eu não tenho mais perguntas,” Mizell disse. “E devido ao tempo não teremos que dispensar quaisquer declarações finais. O júri irá se retirar para considerar o veredito. Vocês possuem três opções cavalheiros – Inocente, homicídio culposo, ou homicídio em primeiro grau.”

“Mulhercídio, é mais adequado,” alguém comentou.

Xerife Barclay e Dave Fisher se retiraram para Chuck-a-Luck. Abel Hines os acompanhou, tirando a neve dos ombros do seu casaco. Dale Gerard serviu escunas de cerveja por conta da casa

“Mizell por não ter mais nenhuma pergunta,” Barclay disse, “Mas eu tenho uma.Não importa o chapéu. Se Trusdale matou ela, como nó snão achamos o dólar de prata?

“Porque ele se assustou e jogou fora, “Hines disse.

“Acho que não. Ele é verdadeiramente estúpido. Se ele tivesse aquele dólar, ele teria voltado para Chuck-a-Luck e bebido tudo.

“O que você está dizendo?” Dave perguntou. “Você acha que ele é inocente?”

“Estou dizendo que nós tivéssemos achado aquela moeda.”

“Talvez ele tenha perdido no buraco no seu bolso.”

“Ele não tinha nenhum buraco em seus bolsos,” Barclay disse. “Somente um na sua bota, e não era grande o suficiente para um dólar passar por ele.” Ele bebeu um pouco de sua cerveja. As pelotas de vegetação rolando pela avenida principal para como cérebros fantasmagóricos na neve.

O juri tirou uma hora e meia. “Nós votamos para enforca-lo na primeira votação,” Kelton Fisher disse por último, “mas nós queremos que isso pareça decente.”

Mizell perguntou se Trusdale se ele tinha algo a dizer antes que a sentença fosse dada.

“Eu não consigo pensar em nada,” Trusdale disse. “Só que eu nunca matei aquela garota.”

A tempestade correu por três dias. Sr. Casa perguntou para Barclay quanto ele pensava que Trusdale pesava, e Barclay disse que achava que o homem tinha por volta de setenta quilos. Sr. Casa fez um manequim de sacos de aniagem e o preencheu com pedras, pesando-as nas balanças da hotelaria até que a agulha marcasse setenta quilos, e enforcou o manequim enquanto metade da cidade observava em torno dos montes de neve. O teste correu bem.

Na noite antes da execução, o tempo clareou. Xerife Barclay contou para Trusdale que ele poderia ter o que quisesse para o jantar. Trusdale pediu por bife e ovos, com batatas fritas embebidas em calda. Barclay pagou pelo jantar do próprio bolso, então sentou-se a sua mesa limpando suas unhas e escutando o tintilar do garfo e faca de Trusdale sobre o prato de porcelana. Quando parou, ele veio. Trusdale estava sentado em seu beliche. Seu prato estava tão limpo que Barclay deduziu que ele devia ter lambido o prato até molho como um cão. Ele estava chorando.

“Algo veio a mim,” Trusdale disse.

“E o que veio, Jim?”

“Se eles me enforcarem amanha de manhã, eu irei para minha sepultura com bife e ovos ainda em minha barriga. Ela não terá nenhuma chance de digerir.”

Por um momento, Barclay não disse nada. Ele estava horrorizado não pela imagem mas porque Trusdale pensou sobre isso. Então ele disse, “Limpe seu nariz.”

Trusdale o limpou.

“Agora me escute, Jim, porque essa é sua última chance. Você estava naquele bar, no meio da tarde. Não havia muitas pessoas lá. Não é verdade?

“Acho que sim.”

“Então quem pegou seu chapéu? Feche seus olhos. Pense. Veja.”

Trusdale fechou seus olhos. Barclay esperou. Quando Trusdale abriu seus olhos, que estavam vermelhos pelo choro. “ Eu não consigo lembrar nem que estava com ele.”

Barclay suspirou. “Me de seu prato, e cuidado com a faca.”

Trusdale entregou o prato através das barras com a faca e o garfo sobre o prato, e disse que gostaria de ter uma cerveja. Barclay pensou a respeito, então colocou seu casaco pesado e andou até o Chuck-a-Luck, onde ele comprou um pequeno balde de cerveja de Dale Gerard. O agente funerário Hine estava terminando uma garrafa de vinho. Ele seguiu Barclay para fora.

“Grande dia amanha,” barclay disse. “Não tivemos um enforcamento aqui em dez anos, e com sorte, não haverá outro nos próximos dez. Eu estarei fora do trabalho por lá. Eu queria estar fora agora. Hines olhou para ele. “Você realmente pensa que ele não a matou.”

“Se ele não matou,” Barclay disse, “Quem quer que a tenha matado, ainda anda por ai.”

O enforcamento era as nove horas da próxima manhã. O dia estava ventoso e muito frio, mas a maior parte da cidade foi assistir. O pastor Ray Rowles estava no andaime ao lado do Sr. Casa. Os dois estavam tremendo apesar dos cachecóis e casacos. As páginas da bíblia do pastor Rowles tremularam. No cinto do Sr. Casa, também há vibração, era uma capa tingida de preto.

Barclay guiou Trusdale, suas mãos estavam algemadas atrás de suas costas, para a forca. Trusdale estava bem até pisar nos degraus, quando começou a resistir e a chorar.

“Não faça isso,” ele disse. “Por favor não faça isso comigo. Por favor não me machuque. Por favor não me mate."

Ele era forte para um homenzinho, e Barclay sinalizou para Dave Fisher vir dar uma mão. Juntos eles forçaram Trusdale, Se torcendo e esquivando e empurrando, até os doze degraus de madeira. Ele se contraiu com tanta força uma das vezes que os três quase caíram, e mãos surgiram para os pegarem caso eles tivessem caído.

“Pare com isso e morra como um homem!” Alguém gritou.

Na plataforma, Trusdale estava momentaneamente quieto, mas quando o pastor Rowles começou o Salmo 51, ele começou a gritar. “Igual a uma mulher mas com seus peitos num espremedor,” alguém disse depois no Chuck-a-Luck

“Tenha misericóridia de mim, ó Deus, segundo tua grande bondade,” Rowles lia, aumentando sua voz para ser ouvido sobre os gritos do homem condenado. “De acordo com a magnitude de tuas misericórdias, perdoai as minhas ofensas.”

Quando Trusdale viu Sr. Casa tirar o capuz preto de seu cinto, ele começou a ofegar como um cão. Ele balançou sua cabeça de um lado para outro, tentando evitar o capuz. Seu Cabelo voou. Sr. Casa seguiu cada empurrão pacientemente, como um homem que tenta parar um cavalo arisco.

“Deixe-me olhar para as montanhas!” Trusdale berrou. Teias de ranho correndo por suas narinas. “Eu vou me comportar se vocês me deixarem olhar para as montanhas mais uma vez!”

Mas Sr. Casa somente encravou o capuz na cabeça de Trusdale e puxou para baixo até seus trêmulos ombros. Pastor Rowles estava monótono, e Trusdale tentou correr para fora do alçapão. Barclay e Fisher o empurram de volta. Lá embaixo, alguém gritou, “Montem ele, cowboy!”

“Diga Amém,” Barclay pediu para Pastor Rowles. “Pelo amor de Cristo, diga amém.”

“Amém,” Disse pastor Rowles, e deu um passo atrás, fechando a bíblia com uma batida.

Barclay acenou para Sr. Casa. Dr. Casa que puxou a alavanca. O feixe untado se retraiu e a armadilha caiu. Assim como Trusdale. Houve um estalo quando seu pescoço se quebrou. Suas pernas se desenharam num arco quase até seu queixo e então caíram molengas. Gotas amarelas escorreram para a neve sob seus pés.

“Ai, seu puto!” O pai de Rebecca Cline gritou. “Morreu como um cachorro mijando num hidrante.Bem vindo ao inferno.” Algumas pessoas aplaudiram.

Os espectadores permaneceram até que o corpo de Trusdale, ainda vestindo o capuz preto, estivesse deitado no carro veloz que o havia trazido para cidade. Então se dispersaram.

Barclay voltou para a cadeia e sentou-se na cela que Trusdale havia ocupado. Ele sentou-se por dez minutos. Era frio o suficiente para ver sua respiração. Ele sabia o que ele estava esperando, e eventualmente, veio. Ele pegou o pequeno balde que continha o ultimo drink de Trusdale com cerveja e vomitou. Então, ele foi para o seu escritório e atiçou o fogão.

Ele permaneceu lá por oito horas, tentando ler um livro, quando Abel Hines veio. Ele disse, “Você precisa vir para a funerária, Otis. Tem uma coisa que eu preciso te mostrar.”

“O que?”

“Não. Você vai querer ver isso por você mesmo.”

Eles andaram até o Necrotério Hines&Parlor Funerária. Na sala dos fundos, Trusdale jazia pelado na mesa de arrefecimento. Havia cheiro de produtos químicos e merda.

“Eles enchem as calças quando morrem desse jeito,” Hines disse. “Mesmo os que morrem de cabeça erguida. Não tem como evitar. O esfíncter para de funcionar.”

“E?”

“Passe por cima. Creio que um homem na sua linha de trabalho tenha visto pior do que um par de gavetas emerdadas.”

Eles se ajoelharam no chão, virando tudo aos avessos. Alguma coisa brilhou na bagunça. Barclay inclinou-se e viu que era um dólar de prata. Ele estendeu a mão e o arrancou da sujeira.

“Eu não entendo,” Hines disse. “O filho da puta estava trancado por um bom tempo

Havia uma cadeira no canto. Barclay sentou-se tão pesadamente que fez um pequeno som do vento se deslocando. “Ele deve ter engolido da primeira vez que viu nossas lanternas vindo. E então toda vez que digeriu ele a limpou e a engoliu novamente”

Os dois homens se encararam.

“Você acreditou nele,” Hines disse afinal.

“Que tolo eu sou, eu acreditei.”

“Talvez isso diga mais sobre você do que sobre ele.”

“Ele veio dizendo que era inocente do começo ao fim. Ele provavelmente irá se sentar no trono de Deus, dizendo a mesma coisa.”

“Sim,” Hines disse.

“Eu não entendo. Ele iria ser enforcado. De qualquer maneira ele estava para ser enforcado. Você entende isso?”

“Eu nem mesmo entendo o porquê do sol nascer. O que você vai fazer com essa moeda? Devolver para os pais da garota? Pode ser melhor se você não devolver, porque...” Hines deu de ombros.

Porque os Clines sabiam o tempo todo. Todo mundo na cidade sabia o tempo todo. Ele era o único que não tinha o conhecimento. Que tolo ele era.

“Eu não sei o que eu vou fazer com isso,” ele disse.

O vento soprava, trazendo o som das canções. Elas vinham da igreja. Era o som da Doxologia. 


- Stephen King

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Episódio Perdido: Bob Esponja - Patrick's leg

Eu estava navegando na internet há alguns anos atrás em torno das 1:00, procurando episódios antigos de Bob Esponja (eu era um grande fã quando criança e os novos episódios que eles mostravam na TV eram uma merda). Então, depois de passar por vídeos de má qualidade em sites estrangeiros e outros sites inundados com anúncios, deparei-me com um site não-oficial que havia episódios completos grátis. Ok, a qualidade não era muito boa, mas era melhor do que todos os sites em que eu já havia procurado. Porem, na parte inferior da pagina, havia um link que dizia "Episódio Perdido de Bob Esponja". Sendo o idiota que sou, eu cliquei nele. Achei que ele seria provavelmente um “screamer” ou algo assim, mas cliquei nele de qualquer maneira. Eu estava entediado o suficiente para clicar no vídeo e assisti-lo. Porem, para minha surpresa, acabei me esquecendo completamente sobre a procura de episódios antigos...

O episódio tinha qualidade baixa, e o episódio em si já tinha sido basicamente esquecido pelos escritores. Como todos os episódios, este começou com a canção tema. O titulo do episódio dizia "Patrick’s Leg", com as letras em forma de bolhas divertidas bolha que todos nós conhecemos e amamos. A primeira coisa que não parecia certa era que após o titulo, a transição, ao invés de bolhas, era apenas um borrão para o início do episódio. Ele começou como um episódio de Bob Esponja inofensivo, com Bob Esponja e Patrick assistindo ao pôr do sol. Mas então, Patrick decide ir surfar na areia, e nisso, Bob Esponja concorda e eles o fazem. Até ai, um episódio muito normal. Patrick, então, tenta fazer algum tipo de manobra com sua prancha, mas fracassa. Como resultado, Patrick cai e quebra a perna, e Bob Esponja vai atrás dele para ver se ele está bem. Durante esta cena, ao vez de a música temática “Havaiana”, uma musica muito mais séria e de suspense toca. Além disso, Patrick solta gritos muito mais dolorosos e desesperados do que ele normalmente faria. O suficiente para que eu pudesse sentir. Bem, eu acho que faz sentido… Quero dizer, ele apenas QUEBROU A PERNA! Nada muito fora do comum, certo?

Bom, tirando a abertura e a música desta cena, o episódio prossegue como qualquer outro episódio comum. A próxima cena acontece em um hospital, onde o médico diz ao Patrick que ele precisa ficar em uma cadeira de rodas por um tempo. Enquanto eles saem de lá, Bob Esponja está empurrando Patrick em uma cadeira de rodas, quando eles se deparam com algumas garotas. As garotas começam a falar com Patrick por causa de sua perna e perguntam se elas poderiam assinar seu gesso, enquanto se afastam junto com Patrick, deixando Bob Esponja sozinho. Até agora, está tudo indo como um episódio normal. Eu não me lembro muito bem do que aconteceu durante o episódio depois desta parte, então vou pular algumas cenas.

Esta é a parte onde tudo fica assustador. Mais tarde naquela noite, Bob Esponja bate à porta de Patrick. Nesta cena, os cenários estão mais realistas do que o habitual. No entanto, tentei ignorá-los. Quando Patrick abre a porta, Bob Esponja diz a ele que ele está proibido de ver essas garotas, e que nunca mais poderá vê-las. Patrick fica furioso, e eu quero dizer furioso MESMO. Ele nunca ficara daquele jeito em nenhum dos outros episódios. Esta era uma raiva muito mais realista. Logo em seguida, ele diz que odeia Bob Esponja. As garotas então saem de lá com medo. Foi ai que eu comecei a me sentir perturbada por este episódio. Bob Esponja, em seguida, grita com uma voz invulgarmente profunda, algo do tipo "... Ah é?! Bem, enquanto você me odiar, eu irei fazer isto..." e então começa a bater violentamente na perna quebrada Patrick com uma pedra. Depois disso, a tela muda para estática por uma fração de segundo, e corta para uma cena em que Bob Esponja e Patrick estão desculpando por alguma coisa durante o dia, exceto que o forro da animação e as vozes não se encaixavam, e estavam bem atrasados.

A animação nesta cena é muito pobre, como se ficasse se repetindo, e continua por uns bons 4 ou 5 minutos. Fiquei muito assustado, mas de qualquer maneira, queria ver como o episódio terminaria. A tela então fica preta por um minuto ou dois, e depois corta para uma cena de um outro episódio, em que Patrick está com Jefferey Jellyfish em um vagão de trem, e diz: "Vamos, Jefferey!" E a tela fica preta novamente, desta vez por apenas cerca de 30 segundos. Porem, o que veio em seguida foi demais para mim...

A tela corta para uma cena, onde Patrick corta e abre o estômago de Bob Esponja com um pedaço de coral quebrado, muito sangue jorrando em animação de desenho, enquanto olha para a tela com os olhos dilatados de sangue. Sua boca não se move, mas você pode ouvi-lo dizer baixinho "Eu sabia que esse dia chegaria!" com uma voz ecoando. Eu não pude acreditar no que estava vendo! O que diabos era aquilo?! O mais assustador, porem, é que você também pode ouvir Bob Esponja rindo baixinho, por algum motivo. Isso me deu calafrios na espinha. A cena prossegue por mais 3 minutos, mas nada pode ser ouvido alem de estática, que vai aumentando cada vez mais, até ficar insuportavelmente alto. Em seguida, os créditos normais aparecem, mas com uma imagem muito fraca da última cena ainda sendo mostrada no fundo e com aquela musica de suspense da cena anterior tocando. Meu deus, essas merdas vão ficar queimadas em minha mente para sempre! O logotipo da United Plankton também não é mostrado no final, diferente dos outros.

Depois que o vídeo terminou, a pagina travou, então tive que atualizá-la, mas ela não estava mais disponível. Eu não conseguia mais encontrar o site. Até mesmo quando eu procurei “Patrick’s Leg” no Google, nada apareceu. Eu entendo se você não acreditar em mim, mas eu sei o que vi, e aquela imagem do final (em conjunto com a musica) aparece em minha mente de vez em quando para que eu me lembre disso. Droga, o que diabos eu estava fazendo acordado aquela hora da noite?!



quinta-feira, 2 de abril de 2015

03:00 - A hora do demônio

Você já deve ter visto em muitos filmes focar o relógio e mostra que é 3 da madrugada ou um pouco depois, e então levar um grande susto, pois algo maléfico acontece ao personagem. Existe uma verdade nisto, pois para muitos estudiosos do sobrenatural, 3 da madrugada é a hora que os demônios estão na terra e é nesta hora que as pessoas estão mais suscetíveis a sofrerem seus tormentos.

Mas por que 3 da madrugada? Muitos acreditam que é porque as 3 da tarde foi o horário da morte de Cristo, e esta hora tornou-se a hora simbólica de Jesus. Três da madrugada seria a hora oposta, ou seja, a hora maligna.


Além disso é geralmente por volta das 3 da manhã que as pessoas estão mais sensíveis a atividade de espíritos, dando assim uma vantagem maior para os demônios. O véu que separa o mundo dos espíritos do nosso é erguido.
Nos Estados Unidos eles não usam o relógio de 24 horas, mas sim o de 12, e escrevem na frente da hora o AM e o PM, que significam, respectivamente, "Ante Meridium" e "Post Meridium", isto é, antes e depois do meio-dia (em inglês, "before midday" ou “after midday"). ex: 2:00 AM = 2:00 h (duas da madrugada) 2:00 PM = 14:00 h (duas da tarde)
Jesus teria morrido as 15 horas, e 15 é o
número místico de Satanás
Para o mago Mr. Tlaloc é um erro afirmar que 03:00 P.M (três da tarde) é o horário da trindade, afinal 03:00 pm equivale às “15:00h” e 15 é o número místico de SATANÁS e “15 no TAROT é o Diabo”. Portando o horário da TRINDADE é 03:00 h da manhã e 15:00 h é o horário do Diabo. Exatamente o contrário da crença da maioria dos pesquisadores.

Tlaloc continua sua explicação dizendo:

 "Compreendo que nos EUA não se usa o termo 15:00h e sim 03:00 pm, porém você acha correto dar o “primeiro” 3° horário do dia para o diabo, e dar para a Trindade o último 3° horário?? Claro que não! Para Deus devemos dar a “Primeira Terceira hora do dia” ora. Portanto 3:00 da manhã é o horário da TRINDADE."
Na série "Paranormal State" o grupo liderado por Ryan por diversas vezes ao visitar a casa dos clientes que estavam sendo atormentados por espíritos, realizam a chamada "Hora Morta", que começa as 3 da manhã, onde se reuniam e com um gravador em mãos, faziam perguntas.

No famoso caso de Amityville, o assassino Butch DeFeo disse ter matado a família em torno de 03:15. Fiz uma matéria completa sobre esta casa que virou sinônimo de casa mal-assombrada.

Fonte: Assombrado.com.br, Adaptação: domparanormal.blogspot.com

domingo, 29 de março de 2015

Mudanças no Blog

Ola Paranormais,
Tendo em vista que fiquei um bom tempo sem postar nada, estou aqui então para anunciar o retorno COM TUDO do blog, estaremos nas próximas semanas modificando o visual do blog para melhor atende-los.
Obrigado pela compreensão e uma boa noite de sono!

sábado, 28 de março de 2015

Cross Over Talk ITC - Comunicação Com Espíritos

Você acredita em espíritos? Acredita que pode ter um agora mesmo do seu lado? Agora você pode falar com ele pelo Skype!

Uma empresa americana chamada Digital Dowsing, especializada em comunicação eletrônica com espíritos, criou um plugin para o Skype para você se comunicar com espíritos.
Você quer tentar?
Várias pessoas afirmaram que funcionou, e religiosos e cientistas avisam que os riscos desse tipo de comunicação são os mesmo que você usar a tábua Ouija (brincadeira do copo).
Então é por sua conta e risco... Tem Coragem?

Instruções:

Para usar o método, basta entrar no seu Skype, clicar em adicionar "novo contato", no local do nome você digita: crossovertalk, e no telefone você digita um numero inexistente, pode ser 555555555.

Vai aparecer um usuário com um ponto de interrogação, pode adicionar.

Depois procure ele nos seus contatos, e quando estiver preparado tente fazer a ligação ligando pelo Skype "Ligar - Skype".

Talvez você tenha que tentar várias vezes até alguém atender. Não desista fácil. 


O Cross Over é uma forma de comunicação por "rádio". Por isso a ligação tem um som ruim.
Tem pessoas que acreditam que você não fala com os mortos, mas sim com extraterrestres!

Se você procurar por crossovertalk Skype vai encontrar vários videos de pessoas que fizeram a ligação, alguns bem assustadores. A maioria em inglês já que a técnica ainda não era conhecida por 
aqui.