segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um Espírito que Vaga por Brasília

São numerosos os relatos de pessoas que, andando por Brasília de madrugada, vêem o vulto de uma menina loura, vestindo um uniforme azul e vermelho. Algumas vezes ela tem uma boneca Susi nas mãos. A menina segue pela calçada, a passos lentos, para depois desaparecer sob algum poste de iluminação...
Segundo dizem, trata-se do fantasma de Ana Lídia Braga, uma menina que foi sequestrada, estuprada, assassinada e enterrada em cova rasa em 1973. Ela tinha apenas 7 anos de idade na época, e os culpados nunca foram punidos, pelo fato de pertencerem a famílias influentes e por influência da severa ditadura militar da época. Afinal, esse bárbaro crime se passou nos chamados anos de chumbo... já prescreveu há muito, mas existem fortes indícios de que o próprio irmão de Ana Lídia esteja envolvido.
Segundo as descrições de familiares, das freiras do colégio onde ela estudava, e de quantos a conheceram, Ana Lídia era uma menina meiga, de temperamento calmo e doce, que desejava ser freira. Não teve tempo de realizar sua vocação, se era mesmo verdadeira, mas parece que se transformou numa espécie de anjo... um anjo que vaga pelas noites da Capital Federal e que muitos crêem ser uma santa. Seu túmulo é sempre muito visitado e lá são depositados muitos pedidos de graças e oferendas, como brinquedos e doces.
Contam que uma certa noite, uma jovem foi atropelada numa das movimentadas avenidas de Brasília, e o motorista fugiu sem prestar socorro. Ela tombou da moto, havia quebrado o tornozelo, e estava com muita dor... foi quando surgiu da escuridão uma menina loura, de olhos castanhos, vestido azul e vermelho, de uns sete anos, que lhe disse para ficar calma, que ela iria chamar a ambulância. A moça disse que ela foi até o orelhão, fez a chamada, dando o endereço do local, e depois, com um sorriso, desapareceu na escuridão da noite... também uma outra moça, que estava num carro sózinha à noite, próximo ao mesmo local, entrou em trabalho de parto, a bolsa estourou e foi socorrida pela mesma menina, que ligou para a ambulância e ela foi atendida a tempo... ela acredita que esse doce fantasma era Ana Lídia.
Também a empregada, que trabalhava na casa da família de Ana Lídia na época de seu assassinato, narra um fato curioso. Ana Lídia tinha uma boneca Amiguinha, quase do mesmo tamanho que ela, e a semelhança entre as duas era espantosa. Ela conta que dias depois do crime, ao entrar no quarto da menina para fazer a limpeza, ela olhou para a boneca e viu o rosto de Ana Lídia chorando. Fez o sinal da cruz e a visão desapareceu. Mas sua alma de anjo benfazejo cintinua a vagar pelas ruas de Brasília e a socorrer os necessitados, 40 anos depois de seu martírio...

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